VIVENDO DESAFIOS E MUDANÇAS ATRAVÉS DAS METODOLOGIAS ATIVAS NO ENSINO SUPERIOR: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Resumo

O texto aborda as transformações sociais, contrastando o estado "sólido", caracterizado pela estabilidade, com o "líquido", que é fluido e incerto. Nesse novo contexto, a educação, especialmente no ambiente escolar, é profundamente afetada. Freire (2007) destaca a importância do professor na formação de uma sociedade crítica, e teorias de Dewey e Schön ressaltam a necessidade de práticas reflexivas para enfrentar desafios. As metodologias ativas, segundo Ferreira (2017) e Oliveira et al. (2019), promovem um ensino dinâmico, integrando teoria e prática, e preparando os alunos para o mercado de trabalho, enquanto Moran (2015) defende a transformação do ensino tradicional em abordagens colaborativas e ativas. O estudo utilizou uma revisão integrativa da literatura, focando no uso de metodologias ativas no ensino superior, com a questão central sendo a importância e a aplicação dessas metodologias. Foram consultadas as bases de dados LILACS e BVS, resultando na seleção de 10 estudos relevantes entre publicações de 2018 a 2023. A discussão revela que as metodologias ativas são eficazes em diversos contextos educacionais. Estudos, como o de Oliveira et al. (2023), mostram que essas abordagens aumentam a motivação e o desempenho dos alunos, embora enfatizem a necessidade de apoio institucional e formação contínua para os professores. A aceitação dessas metodologias foi particularmente positiva em disciplinas como genética humana (Santos et al., 2024), com variações na aceitação entre grupos, como mulheres e estudantes de odontologia. Bohrer et al. (2023) destacam a eficácia dos jogos pedagógicos, que tornam o aprendizado dinâmico, mas também enfrentam desafios na adaptação e seleção de recursos, reforçando a importância da formação docente. A motivação dos alunos, conforme estudos de Filho et al. e Dias et al. (2023), é influenciada por fatores como gênero e estilos de aprendizagem, sendo essencial a clareza nos objetivos educacionais. Contudo, persistem desafios, como a falta de formação pedagógica dos professores (Castaman e Santos, 2023), e a pandemia trouxe novas demandas, sugerindo uma colaboração mais intensa entre escolas e famílias (Freire et al., 2022). O estudo conclui que as metodologias ativas superam os métodos convencionais, capacitando os alunos e melhorando seu desempenho. Entretanto, o sucesso dessas abordagens depende da formação contínua dos educadores e do suporte institucional, especialmente em contextos pós-pandemia. É crucial que as metodologias sejam flexíveis, ajustadas às necessidades dos alunos e promovam um ambiente colaborativo. Futuros estudos devem não apenas avaliar a eficácia das metodologias, mas também explorar como adaptá-las para atender a diferentes públicos e contextos, assegurando uma educação inclusiva e motivadora.