USO DE LINEZOLIDA NA TERAPIA MEDICAMENTOSA CONTRA BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES
Palavras-chave:
Bactéria multirresistente, linezolida, antibiótico, novos medicamentos, terapia medicamentosaResumo
Após o surgimento e a descrição de um elemento com a capacidade de combater os processos infecciosos oriundos de bactérias, não se contava com a seleção natural de microrganismos procariotos. Essa capacidade fez com que iniciasse uma corrida à sobrevivência entre a inter-relação das espécies, bacterianas e humanas. Com a evolução técnico-científica, o homem foi desenvolvendo antibacterianos, porém os mecanismos de evolução gênica possibilitaram o surgimento de bactérias multirresistentes. Algumas destas são frequentes no ambiente hospitalar e têm grande capacidade de adaptação à drogas como os S. aureus e Enterococcus spp, resistentes à oxacilina e vancomicina, consideradas drogas de escolha para microrganismos multirresistentes. Assim, desenvolveu-se uma nova classe superior à vancomicina, a oxazolidinona, a Linezolida. Desta forma o presente estudo objetivou compreender o uso da Linezolida na terapia medicamentosa contra bactérias multirresistentes. Para realizar este estudo foi realizada uma revisão da literatura dos últimos 10 anos. Em 2002, após a liberação do uso da Linezolida como tratamento aos processos infecciosos contra bactérias gram-positivas, foi comumente utilizado em todo mundo. Da mesma forma, a pressão da seleção natural sobressaiu com registos de cepas resistentes a utilização da Linezolida. Como perspectivas ao controle de infecções causadas por estas cepas resistentes foi aprovado pelo FDA em 2014 a utilização de drogas com atividade anti-cepas resistentes ao Linezolida. Contudo, concluímos que além do processo de seleção natural e variações gênicas, o comportamento humano quanto à utilização dos antibióticos, aumenta a seleção de microrganismos resistentes, incluindo a Linezolida.