ANTÍGENO KELL NA DOENÇA HEMOLÍTICA DO RECÉM NASCIDO

Autores

  • MARIA EDUARDA DE OLIVEIRA MATTOS
  • CAMILA BOTELHO MIGUEL
  • GISELE BORGES DA SILVA
  • NIEGE SILVA MENDES
  • FERDINANDO AGOSTINHO
  • NEIRE MOURA DE GOUVEIA
  • TONY DE PAIVA PAULINO
  • JAVIER EMÍLIO LAZO CHICA
  • WELLINGTON FRANCISCO RODRIGUES

Palavras-chave:

Doença hemolítica do recém-nascido, Sistema Kell, Aloimunização

Resumo

Os diversos mecanismos que envolvem a fisiopatogenese da aloimunização por discrepância Rh (D) já foram compreendidos, uma vez que corresponde cerca de 95% das causas de doenças hemolíticas graves do recém-nascido. No entanto outros anticorpos podem ser envolvidos com esta ativação imune, Kell (K e K), Duffy (Fya), Kidd (JKA e Jkb), e MNSs, onde o antígeno Kell é o segundo mais imunogênico, portanto possui uma grande importância na aloimunização em gestantes com discrepância antigênica eritrocitária em relação aos pais. Este estudo é uma revisão dos principais tópicos que envolvem a doença hemolítica do recém-nascido por aloimunização pelo antígeno Kell. Um fator de grande importância observado no período pré-natal é a discrepância antigênica eritrocitária entre os progenitores, onde está discrepância poderá gerar fetos que expressam em suas células sanguíneas antígenos exclusivamente de origem paterna, os quais podem chegar à circulação materna durante a gestação ou no parto. Os anticorpos IgG maternos ao cruzar a placenta, dirigidos contra antígenos eritrocitários, a partir da décima semana de gestação, desencadeiam um processo de hemólise imunomediada que resulta em anemia fetal. Anti-Kell é uma importante causa de Doença Hemolítica do Recém-Nascido. Ele tende a ocorrer em mães que tenham recebido ou já passado por várias transfusões durante a vida, mas também pode ocorrer em mulheres que tenham sido sensibilizados ao antígeno Kell durante gestações anteriores. Ao contrário do Rh e ABO, antígenos Kell são expressos na superfície de precursores de eritrócitos e anti-K promove a destruição imunológica de células progenitoras eritróides K+ por macrófagos no fígado fetal. Concluindo, o antígeno Kell possui uma grande importância clínica em aloimunizações maternal além de apresentar um pior prognóstico por atingir também precursores eritrocitários.

Arquivos adicionais

Publicado

2020-10-05

Como Citar

MATTOS, M. E. D. O., MIGUEL, C. B. ., SILVA, G. B. D. ., MENDES, N. S. ., AGOSTINHO, F. ., GOUVEIA, N. M. D. ., PAULINO, T. D. P. ., CHICA, J. E. L. ., & RODRIGUES, W. F. . (2020). ANTÍGENO KELL NA DOENÇA HEMOLÍTICA DO RECÉM NASCIDO. EVISTA SAÚDE ULTIDISCIPLINAR, 4(1). ecuperado de http://revistas.famp.edu.br/revistasaudemultidisciplinar/article/view/42

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