PSICOFOBIA: PERCEPÇÃO DA SAÚDE MENTAL EM ESTUDANTES DE MEDICINA
Palavras-chave:
Psicofobia, transtornos mentais, prevalência entre alunos de medicinaResumo
Na antiguidade romana e grega, viam-se os “loucos” como verdadeiros perturbadores da moral de uma sociedade e por isso acreditava-se que os mesmos deveriam ser banidos do meio comum. Contudo, com a revolução psiquiátrica, em meados das décadas de 70 e 80, houve-se uma mudança dos conceitos relacionados aos transtornos mentais, dando-lhes nome e especificidade, o que possibilitou assim formas mais esclarecidas de tratamento e condutas. Assim, por meio dessa evolução histórica, bem como da evolução sobre a visão da saúde mental, denomina-se, atualmente, todos aqueles que possuem algum tipo de preconceito com portadores de doenças mentais”, como “psicofóbicos”, trazendo assim ao nosso cotidiano a neologia da “Psicofobia” (PICCININ, 2016). Dessa forma, compactuando com Philippe Pinel, (1745- 1826), ao destacar a importância de um olhar mais respeitoso e humanitário em relação ao tratamento de doenças mentais, e percebendo que nos dias atuais esse comportamento preconceituoso ainda está presente na sociedade, inclusive no meio médico acadêmico, esta pesquisa tem como objetivo discutir, com suporte em estudos já realizados sobre a saúde mental e por conseguinte sobre a psicofobia, a evolução histórica da saúde mental e da visão sobre aqueles que sofrem algum transtorno mental, bem como o preconceito que estes ainda sofrem. Discutiremos ainda a importância da multidisciplinaridade nos cuidados dos indivíduos portadores de transtornos mentais, a prevalência de quais transtornos mais acometem o meio acadêmico e, ademais, sobre o diagnóstico desses indivíduos.