OS BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA SOBRE A FUNCIONALIDADE E RISCO DE QUEDAS NA DOENÇA DE PARKINSON: ESTUDO DE CASO
DOI:
https://doi.org/10.53740/rsm.v16i1.754Palavras-chave:
Doença de Parkinson, Reabilitação, FisioterapiaResumo
Introdução: a Doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa crônica, cujo diagnóstico é baseado em sintomas clínicos, principalmente rigidez muscular, tremor de repouso, bradicinesia e alterações posturais, que afetam diretamente a funcionalidade e qualidade de vida dos pacientes com essa condição. Objetivos: relatar o caso de um paciente diagnosticado com DP e verificar os efeitos que um programa fisioterapêutico pode proporcionar sobre sua funcionalidade e risco de quedas. Relato: a pesquisa foi conduzida junto a um paciente de 67 anos, diagnosticado com DP, acompanhado no serviço de Fisioterapia. Após concordar com o Termo de Consentimento Livre Esclarecido, foi realizada a avaliação fisioterapêutica do paciente, composta por: informações sociodemográficas e de saúde, exame físico, além da avaliação de sua funcionalidade e risco de quedas, pela Medida de Independência Funcional e o teste Timed Up and Go (TUG), respectivamente. Após a avaliação do paciente, as condutas para a intervenção foram traçadas com base na literatura, a saber: eletroterapia, termoterapia, terapias manuais, exercícios aeróbicos, alongamentos, exercícios ativos livres e resistidos, exercícios de dupla tarefa, treinamento de marcha e de equilíbrio. Após a aplicação da intervenção, o paciente melhorou o grau de força para a maior parte dos grupos musculares, melhora nas amplitudes de movimento que antes se mostraram limitadas e no equilíbrio. Além disso, foi possível perceber uma melhora no tempo de execução do TUG e um declínio em sua funcionalidade. Vale ressaltar que, durante o período da intervenção, o paciente sofreu um quadro de dengue com consequente internação, o que impactou nos ganhos do processo de reabilitação e pode justificar a limitação em sua funcionalidade. Discussão: os resultados demonstram a importância da realização de intervenções a longo prazo, tendo em vista que a DP possui caráter crônico e progressivo, e os benefícios da fisioterapia podem ser perdidos após um período de treinamento. Por isso, exercícios realizados regularmente podem influenciar os níveis de dopamina, aumentando-os ou mesmo reduzindo seu catabolismo, podendo induzir a neuroproteção e possivelmente prevenindo o surgimento da DP ou retardando seu progresso e complicações secundárias.
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