DIABETES MELLITUS GESTACIONAL – REVISÃO DA LITERATURA

Resumo

A Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) é uma patologia clínica caracterizada pela redução de tolerância a glicose, resultante de erro na secreção ou ação da insulina. Afeta pacientes grávidas nas quais tiveram sintomas da doença no início ou durante o período gestacional e geralmente desaparece após o parto. Durante a gestação o corpo da mulher passa por diversas modificações, incluindo diversas variações hormonais como a diminuição da sensibilidade a insulina. Apesar de comum, o manejo na prevenção, rastreamento, diagnóstico e tratamento ainda é um pouco negligenciado, principalmente no que diz respeito ao rastreamento dos fatores de risco e o diagnóstico precoce. A presente pesquisa trata-se de uma revisão narrativa da literatura, como objeto de estudo foram utilizados artigos acadêmicos, revistas científicas, e referências dos bancos de dados Scielo, Medline e Google Acadêmico. Foram estabelecidos como critérios de inclusão os artigos científicos nos idiomas inglês, espanhol e português, por conveniência dos autores e por representarem a grande maioria de publicações nessa área; o período de abrangência compreendeu entre 2011 e 2021. O objetivo deste trabalho é demonstrar as correlações maternas e fetais e a importância da identificação precoce e acompanhamento do DMG. Os altos índices dessa doença se constituem um fator preocupante, principalmente por deixar as portadoras mais suscetíveis ao surgimento de outras doenças como obesidade, hipertensão, lesões renais, oculares e neurológicas. As gestações em mulheres diabéticas têm uma maior frequência de complicações clínicas maternas, quando comparada a gestações normais. Existem diversos desfechos neonatais intrauterinos e no pós-parto desfavoráveis como malformações congênitas, macrossomia, sofrimento fetal, desordens metabólicas, risco de parto prematuro, policitemia, hiperbilirrubinemia e outras complicações. Desse modo, o diagnóstico precoce do DMG, um acompanhamento apropriado como também o uso de uma farmacoterapia adequada pode influenciar positivamente na qualidade de vida da gestante e futuramente da mãe e do bebê.