A EFICÁCIA DA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE MANCHESTER NA CLASSIFICAÇÃO DE RISCO EM UNIDADES DE PRONTO ATENDIMENTO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
Palavras-chave:
Atendimento pré-hospitalar, centros de emergência, classificação, eficácia, triagemResumo
Introdução: As Unidades de Pronto Atendimento (UPA) oferece serviços de média complexidade agindo em conjunto com todos os níveis de atenção do SUS. Um dos problemas que os serviços de saúde de urgência e emergência (UE) se deparam é com a superlotação. Assim, foi instituído pelo Ministério da Saúde, através da Política Nacional de Humanização (PNH), o Acolhimento com Classificação de Risco (ACCR), com o objetivo de qualificar e organizar o atendimento. O sistema de triagem adotado pelo Ministério da Saúde é o Sistema de Triagem de Manchester (STM). Objetivo: Avaliar o funcionamento e a eficácia do Protocolo de Manchester em diferentes unidades de pronto atendimento. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura. O levantamento bibliográfico foi realizado em base de dados eletrônicas como, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (SciELO) e no Google Acadêmico. Utilizaram-se os termos contidos nos Descritores em Ciência da Saúde (DeCs) da BVS: atendimento pré-hospitalar, triagem, classificação, eficácia e centros de emergência, e descritores que não constavam no DeCs, tais como, Protocolo de Manchester, funcionamento e classificação de risco. Para junção destes empregaram-se operadores booleanos AND e OR. Os critérios de inclusão foram publicações nos últimos 6 anos, nos idiomas português, inglês e espanhol e cujo foco seja a viabilidade do uso do STM. Já os critérios de exclusão foram temas não relacionados com o presente estudo e trabalhos de revisão sistemática ou integrativa. Resultados: Verificou-se que dos artigos analisados, 60% apontaram somente os benefícios do uso do Protocolo de Manchester e 40% evidenciaram que, além dos benefícios, há desvantagens na aplicabilidade do mesmo, assim como, necessidade de reajustes. Conclusão: O STM possui uma eficácia notável na classificação de risco de UE nas UPA, e contribui claramente para melhor organização do fluxo dos pacientes e diminuição nas taxas de morbimortalidade. Contudo, os resultados também demonstraram que o protocolo necessita de revisões para garantir uma maior fidedignidade do instrumento como parâmetro de avaliação, além disso, a eficácia da classificação é dependente do conhecimento teórico do profissional da saúde, então, percebe-se a indispensabilidade de uma boa capacitação prévia destes.