VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E O DIREITO DA MULHER AO PARTO HUMANIZADO

Autores

  • Isabella Cunha Oliveira FAMP
  • Roberta Silva Benarrósh FAMP
  • Juliana Silva Guabiroba Unifimes

Palavras-chave:

Gravidez, Humanização, Maus Tratos, Procedimentos Invasivos.

Resumo

O objeto de estudo da presente pesquisa é a violência obstétrica; trata da importância de avaliar, com enfoque jurídico e social, a necessidade do sofrimento proposto, quando do parto, à mulher. A violência obstétrica, ao contrário do que se pensa, está enraizada na sociedade e causa danos que, muitas vezes, são suprimidos e calados diante da posição vulnerável em que se encontra a mãe. Atualmente, muito se fala em equidade social, em equidade diante do direito brasileiro; desta forma, surge o questionamento de o que seria um parto humanizado. Para alcançar os objetivos de pesquisa, quais sejam compreender a violência obstétrica e seu lugar no pensamento jurídico brasileiro e compreender quais são as garantias da mulher diante de seu corpo e escolhas no período de gravidez e, após, como mãe, uma pesquisa de análise qualitativa foi feita, com a análise bibliográfica específica ao tema e de origem brasileira; demonstrou-se o sofrimento feminino ao longo da história e a violência que está enraizada não apenas entre a sociedade, mas os próprios profissionais de saúde, que tentam fazer do parto uma maneira de produção – um processo rápido e desumano.

 

Palavras-chave: Gravidez. Humanização.  Maus Tratos. Procedimentos Invasivos.

Biografia do Autor

Roberta Silva Benarrósh , FAMP

Especialista em Direito Civil e Processual Civil (ATAME, 2020). Docente do Curso de Direito do Centro de Ensino Superior Morgana Potrich (FAMP).

Juliana Silva Guabiroba, Unifimes

Mestra em Saúde Coletiva (UFMT, 2009). Docente do Curso de Educação Física do Centro Universitário de Mineiros (UNIFIMES).

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Publicado

2023-03-31

Como Citar

Cunha Oliveira, I., Silva Benarrósh , R. ., & Guabiroba, J. S. . (2023). VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E O DIREITO DA MULHER AO PARTO HUMANIZADO. EVISTA ORTIORI, 2(2). ecuperado de http://revistas.famp.edu.br/revistaafortiori/article/view/250

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