OBESIDADE INFANTIL E A INFLUÊNCIA DOS FATORES ALIMENTARES E SOCIODEMOGRÁFICOS NA INFÂNCIA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Resumo

A obesidade infantil é caracterizada pelo aumento do tecido adiposo e do peso corporal na criança. Observa-se um aumento significativo da prevalência e da incidência dessa patologia na população brasileira, tornando-a um problema de saúde pública, sendo apontada como um fator de risco para o desenvolvimento precoce de doenças crônicas. Sua avaliação é realizada através dos parâmetros do Índice de Massa Corporal (calcula-se Peso/ Altura²). Esta revisão bibliográfica discorre sobre os índices de sobrepeso e obesidade em pré-escolares de diferentes níveis socioeconômicos. Nota-se que alguns hábitos de vida irregulares, como sedentarismo e consumo alimentar inadequado, além de hereditariedade, são fatores precipitantes para distúrbios biopsicossociais. Sendo assim, através da análise de estudos bibliográficos pela plataforma Scielo, Bireme, Medline e Pubmed entre os anos de 2005 a 2019, foi identificado um aumento nas taxas de sobrepeso e obesidade em pré-escolares. Este estudo tem por finalidade abordar a prevalência e o impacto de sobrepeso e obesidade em escolares de ambos os sexos através de uma revisão bibliográfica; avaliar os fatores de risco que corroboram para o desenvolvimento de obesidade em escolares e sua influência na vida adulta; observar causas e consequências de distúrbios nutricionais na infância; além da relevância do exercício físico e o papel da escola em estimular a sua prática, que contribuem no desenvolvimento neuropsicomotor; além de informar sobre o impacto negativo sobre o bullying e seus agravantes em relação à imagem corporal. Através das consultas pré-natais e de puericultura, ressalta-se a importância do aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida e seus benefícios imunológicos, enfatizando os agravamentos de um desmame precoce. A maioria dos estudos que aborda sobre a obesidade infantil aponta que o sobrepeso e a obesidade foram mais frequentes em meninos pertencentes às famílias com níveis de renda intermediários, que habitam em área urbana nas regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste.