A INCIDÊNCIA DE SÍFILIS EM GESTANTES EM DOIS MUNICÍPIOS DO SUDOESTE GOIANO

Autores

  • Gabriella Germany Machado FREITAS Acadêmico do curso de Medicina da Faculdade Morgana Potrich (FAMP), Mineiros/GO, Brasil.
  • Thálita Rezende VILELA Rezende VILELA Acadêmico do curso de Medicina da Faculdade Morgana Potrich (FAMP), Mineiros/GO, Brasil.
  • Thatiane Chaves LOPES Acadêmico do curso de Medicina da Faculdade Morgana Potrich (FAMP), Mineiros/GO, Brasil.
  • Elisa Lopes de OLIVEIRA Médica Esp. em Medicina de Família e Comunidade, docente do curso de Medicina da Faculdade Morgana Potrich (FAMP), Mineiros/GO, Brasil.
  • Raquel Rocha MACHADO 3Médica especialista em Ginecologia e obstetrícia, professora do curso de Medicina da Faculdade Morgana Potrich (FAMP), Mineiros- GO, Brasil.
  • Aline Macedo La Ruina DOERING Médica especialista em Ginecologia e obstetrícia, professora do curso de Medicina da Faculdade Morgana Potrich (FAMP), Mineiros- GO, Brasil.
  • Camila Lopes de OLIVEIRA Médica especialista em Ginecologia e obstetrícia, professora do curso de Medicina da Faculdade Morgana Potrich (FAMP), Mineiros- GO, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.53740/rsm.v12i2.395

Palavras-chave:

Sífilis. Treponema Pallidum. Sudoeste Goiano.

Resumo

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível, provocada pela espiroqueta Treponema Pallidum, com manifestações clínicas diversificadas que podem apresentar períodos de latência, úlceras em região genital e até mesmo lesões cardiovasculares e do sistema nervoso central. A sífilis gestacional (SG) tem um grande impacto na gestação, pois a mesma pode ser transmitida ao feto em qualquer período da gestação, podendo resultar em aborto, trabalho de parto prematuro, óbito fetal e infecção neonatal. Diante deste cenário o objetivo desse estudo foi verificar a incidência de sífilis gestacional em dois municípios do sudoeste goiano. A pesquisa foi realizada nos municípios de Mineiros e Rio Verde, localizados em Goiás, no período de janeiro de 2015 a agosto de 2018. Foram coletados dados como número de partos realizados nos municípios, número de casos de sífilis gestacional, além de idade, raça e escolaridade das gestantes, tendo sido utilizado o DATASUS e o Sistema de Informações para Agravos de Notificação – SINAN como instrumento para a coleta de dados. No município de Mineiros foram realizados 4.276 partos, sendo 68 casos de SG, com uma incidência total de 6,76%. O perfil epidemiológico das gestantes demonstrou que o maior número de notificações foi de gestantes com idade entre 20 – 29 anos (45,5%), autodeclaradas pardas (52,9%) e com o grau de escolaridade ignorado (50%). Em Rio Verde foram realizados 7.621 partos, sendo 266 casos de SG, com uma incidência total de 15,04%. A maior notificação foi em gestantes com idade entre 20 – 29 anos (54,5%), autodeclaradas pardas (62,7%) e com o grau de escolaridade ignorado (26,6%). Apesar de existir diagnóstico e tratamento eficaz, observa-se que em ambos os municípios no decorrer dos anos (2015 – 2018), houve um aumento no número de casos de SG apesar de ser verificada a diminuição do número de partos, sugerindo que as medidas de prevenção e controle não estão sendo eficazes nos municípios estudados.

Palavras-Chave: Sífilis. Treponema Pallidum. Sudoeste Goiano.

Referências

FELIZ MC, MEDEIROS ARP, ROSSONI AM, TAHNUS T, PEREIRA AMVB, RODRIGUES C. Aderência ao seguimento no cuidado ao recém-nascido exposto à sífilis e características associadas à interrupção do acompanhamento. Revista Brasileira de Epidemiologia. 2016; 19(04):727-739.

BRASIL. Secretaria de Estado da Saúde SES-SP. Serviço de Vigilância Epidemiológica; Coordenação do Programa Estadual DST/Aids-SP; Coordenadoria de Controle de Doenças CCD. Sífilis congênita e sífilis na gestação. Revista Saúde Pública. 2008;42(4):768-72.

PADOVANI C, OLIVEIRA RR, PELLOSO SM. Sífilis na gestação: associação de características maternas e perinatais em uma região do sul do Brasil. Revista Latino-Americana de Enfermagem. 2018;26:1-10.

BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de IST, Aids e Hepatites Virais Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT): atenção integral às pessoas com infecções sexualmente transmissíveis (IST). Brasília. 2015. Disponível em: URL: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_clinico_diretrizes_terapeutica_atencao_integral_pessoas_infeccoes_sexualmente_transmissiveis.pdf.

SARACENI V, PEREIRA GFM, SILVEIRA MF, ARAUJO MAL, MIRANDA AE. Vigilância epidemiológica da transmissão vertical da sífilis: dados de seis unidades federativas no Brasil. Revista Pan-Americana de Sáude Pública. 2017;41:1- 8.

World Health Organization. WHO. Sexual and reproductive health. Disponível em: URL: https://www.who.int/reproductivehealth/congenital-syphilis-estimates/en/.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Panorama Mineiros. Disponível em: URL: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/go/mineiros/panorama.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Panorama Rio Verde. Disponível em: URL: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/go/rio-verde/panorama.

COSTA CC, FREITAS LV, SOUSA DMN, OLIVEIRA LL, CHAGAS ACMA, LOPES MVO, DAMASCENO AKC. Sífilis congênita no Ceará: análise epidemiológica de uma década. Revista da Escola de Enfermagem da USP. 2013;47(1):152-159.

LIMA MG, SANTOS RFR, BARBOSA GJA, RIBEIRO GS. Incidência e fatores de risco para sífilis congênita em Belo Horizonte, Minas Gerais, 2001- 2008. Ciência & Saúde Coletiva. 2013;18(2):499-506.

NONATO SM, MELO APS, GUIMARÃES MDC. Sífilis na gestação e fatores associados à sífilis congênita em Belo Horizonte-MG, 2010-2013. Epidemiologia e Serviços de Saúde. 2015;24(4):681-694.

GUIMARÃES TA, ALENCAR LCR, FONSECA LMB, GONÇALVES MMC, SILVA MP. Sífilis em gestantes e sífilis congênita no Maranhão. Arquivos de Ciências da Saúde. 2018;25(2):24-30.

AZEVEDO DMS, REIS RBS, TELES MF. Incidência e Caracterização dos Casos de Sífilis Congênita na Maternidade de um Hospital do Sudoeste Baiano. Revista Multidisciplinar e de Psicologia. 2019;13(43):387-397.

DOMINGUES RMSM, LEAL MC. Incidência de sífilis congênita e fatores associados à transmissão vertical da sífilis: dados do estudo Nascer no Brasil. Caderno de Saúde Pública. 2016;32(6):1-12.

MILANEZ H, AMARAL E. Por que ainda não conseguimos controlar o problema da sífilis em gestantes e recém-nascidos? Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2008;30(7):325-327.

ARAÚJO LRL, SILVA VCC, GOUVEIA-FILHO OS, SOUSA MNA. Prevalência de sífilis gestacional e congênita no estado de Goiás, Brasil. Revista Eletrônica da Fainor. 2016;9(2)49-58.

CARVALHO FPAC, MEDONÇA SM. Incidência de sífilis congênita no Brasil [monografia]. Salvador: Bahiana Escola de Medicina e Saúde Pública; 2019.

Arquivos adicionais

Publicado

2022-06-30

Como Citar

Germany Machado FREITAS, G. ., Rezende VILELA, T. R. V., Chaves LOPES, T. ., Lopes de OLIVEIRA, E. ., Rocha MACHADO, R. ., Macedo La Ruina DOERING, A., & Lopes de OLIVEIRA, C. . (2022). A INCIDÊNCIA DE SÍFILIS EM GESTANTES EM DOIS MUNICÍPIOS DO SUDOESTE GOIANO . EVISTA SAÚDE ULTIDISCIPLINAR, 12(2). https://doi.org/10.53740/rsm.v12i2.395

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>