PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES COM COVID-19 ATENDIDOS NA REDE PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE MINEIROS – GO

Abstract

A pandemia da COVID-19 se tornou um dos mais graves problemas para a humanidade nas últimas décadas, sendo declarado pandemia pela OMS em 11 de março de 2020. No munícipio de Mineiros – GO até 20 de novembro de 2021, 13.635 pessoas foram contaminadas e 273 morreram em decorrência da doença. Este trabalho objetivou traçar o perfil epidemiológico dos pacientes atendidos com COVID-19 na rede pública do município de Mineiros, Goiás, Brasil, no período entre os meses de junho a dezembro de 2020. Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo e transversal, realizado no município de Mineiros – GO, utilizando dados obtidos dos prontuários eletrônicos da secretaria municipal de saúde do município. Após coleta e análise dos prontuários eletrônicos, foram selecionados o “n” final de 429 prontuários. Do total de pacientes, 57,8% eram do sexo feminino e 42,2% do sexo masculino. As faixas etárias com maior taxa de contaminação foram os grupos de 20-49 anos com 73%. Foi verificado que as comorbidades mais frequentes na amostra pesquisada foram a hipertensão arterial sistêmica com frequência de 6,1%, obesidade 3,5%, DPOC 2,6% e diabetes mellitus 1,9%. Os sintomas de maior prevalência foram os sintomas respiratórios, seguidos de sintomas álgicos, sistêmicos e gástricos. Os medicamentos com maior taxa de prescrição foram: vitaminas/suplementos, anti-inflamatórios, antibióticos e antiparasitários A média de dias de sintomas entre os pacientes (n=339) com evolução ambulatorial foi de 14 dias. Os pacientes que necessitaram de internação (n=20), permaneceram em média, 8 dias internados e apresentaram 18 dias de sintomas.  Em resumo, a pesquisa estabeleceu o perfil epidemiológico dos pacientes contaminados pela COVID-19 no município de Mineiros-GO. Constatou-se uma maior prevalência da doença no sexo feminino que em relação ao sexo masculino. As comorbidades mais presentes seguiram o panorama de distribuição nacional, sendo a hipertensão arterial sistêmica, o diabetes mellitus e a obesidade as doenças crônicas de maior prevalência. A grande maioria dos pacientes contaminados apresentaram bom prognóstico e evolução, com sintomas desaparecendo em média duas semanas após o período inicial.