RASTREIO PARA CÂNCER DE MAMA: AFINAL, QUAL IDADE INICIAR?
DOI:
https://doi.org/10.53740/rsm.v12i2.416Palavras-chave:
Câncer de Mama; Rastreio do Câncer de Mama; Diagnóstico do Câncer de Mama.Resumo
Introdução: O câncer de mama é a segunda neoplasia mais comum nas mulheres, após o de pele não melanoma. A taxa de mortalidade é ainda elevada, com alta incidência de óbitos decorrentes da doença. Para reduzir esses números, a estratégia permanece sendo o diagnóstico precoce. O rastreamento visa a detectar pequenos tumores em mulheres assintomáticas com o objetivo primário de reduzir a mortalidade pela doença. Objetivo: Verificar as indicações da melhor faixa etária para início do rastreio para o câncer de mama que possibilite maior número de diagnósticos precoces desta doença antes que possa provocar sintomas ou se apresentar de forma avançada, possibilitando tratamento eficaz. Metodologia: A presente pesquisa trata-se de um estudo exploratório, descritivo feito através de levantamento bibliográfico, baseado nas bases de dados Scielo (Scientific Eletronic Library Online) e Bireme (Biblioteca Virtual em Saúde). Foram incluídos neste estudo, os artigos que contemplaram o tema Rastreio para câncer de mama e que estavam relacionados aos objetivos deste resumo. Os estudos permitiram formular ideias norteadoras sobre a importância do rastreamento e as idades de destaque em que devem ser realizados. Desenvolvimento: O trabalho realizado no Reino Unido comparou o efeito do rastreio mamográfico anual iniciados a partir dos 40 anos e a partir de 50 anos de idade onde observaram uma redução de 25% da mortalidade por câncer de mama com 10 anos iniciais de seguimento. Já após esse período inicial não houve diferença significativa na mortalidade. Estudos anteriores e meta-análises avaliavam que a redução de mortalidade era da ordem de 13-16% para o grupo que iniciou precocemente o rastreamento. Desta maneira a Sociedade Brasileira de Mastologia e a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia recomendam o rastreamento a partir dos 40 anos. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde (MS) recomendam que a mamografia seja realizada a partir dos 50 anos. A redução da mortalidade nos últimos 40 anos foi comprovada com estudos controlados randomizados entre mulheres que tiveram a adesão ao rastreamento mamográfico, no qual se pôde observar uma detecção precoce do tumor. Considerações Finais: As diversas sociedades especializadas diferem da OMS e do MS quanto às recomendações para o início do rastreamento para o câncer de mama provavelmente por se direcionarem por estudos que avaliam populações e condições distintas. Entretanto, todos são unânimes sobre os benefícios do rastreamento para a detecção precoce da doença, podendo ser oferecido às pacientes tratamentos efetivos, que podem levar à cura.
Referências
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