ANÁLISE RETROSPECTIVA SOBRE O USO DE ÁCIDO ACETILSALICÍLICO NA PREVENÇÃO DE PRÉECLÂMPSIA EM UM MUNICÍPIO DE GOIÁS (2019-2020).

Autores

  • Adryane da Costa VIEIRA Acadêmico do curso de Medicina da Faculdade Morgana Potrich (FAMP), Mineiros/GO, Brasil.
  • Caroline Queiroz SILVA Acadêmico do curso de Medicina da Faculdade Morgana Potrich (FAMP), Mineiros/GO, Brasil.
  • Elisa Lopes de OLIVEIRA Médica Esp. em Medicina de Família e Comunidade, docente do curso de Medicina da Faculdade Morgana Potrich (FAMP), Mineiros/GO, Brasil.
  • Raquel Rocha MACHADO Médica especialista em Ginecologia e obstetrícia, docente do curso de Medicina da Faculdade Morgana Potrich (FAMP), Mineiros- GO, Brasil.
  • Camila Lopes de OLIVEIRA Médica especialista em Ginecologia e obstetrícia, docente do curso de Medicina da Faculdade Morgana Potrich (FAMP), Mineiros- GO, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.53740/rsm.v12i2.399

Palavras-chave:

Pré-eclâmpsia. Pré-Natal. Aspirina. Prevalência. Disseminação de Informação.

Resumo

A pré-eclâmpsia, atualmente, é uma das principais causas de morbimortalidade materno-fetal e poderia ser prevenida de forma simples, eficaz e acessível, com o uso do ácido acetilsalicílico (AAS), profilaxia que ainda é pouco difundida. O presente trabalho tem como objetivo analisar e quantificar o uso desse fármaco nas gestantes com alto risco de pré-eclâmpsia em um município do Estado de Goiás, entre os anos de 2019 e 2020. Foram analisados 400 prontuários de pré-natal do Sistema Único de Saúde desse município e identificados critérios clínicos, pré-definidos pela Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia, que permitiram identificar a indicação e propedêutica do medicamento. Concluiu-se que 147 gestantes possuíam indicação de uso para AAS profilático e 92% destas não receberam a medicação. Das 8% medicadas, não houve nenhuma prescrição adequada. Além disso, dentre as gestantes com indicação, 85% iniciaram pré-natal com tempo hábil para a introdução da medicação e, na grande maioria, o tratamento não foi iniciado. A disseminação de conhecimento e o índice de prescrição do ácido acetilsalicílico são extremamente baixos no município. Dessa forma, deixa-se de prevenir uma doença grave com uma medicação recomendada pelas agências de regulamentação.

Palavras-chaves: Pré-eclâmpsia. Pré-Natal. Aspirina. Prevalência. Disseminação de Informação.

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Arquivos adicionais

Publicado

2022-06-30

Como Citar

da Costa VIEIRA, A. ., Queiroz SILVA, C. ., Lopes de OLIVEIRA, E., Rocha MACHADO, R. ., & Lopes de OLIVEIRA, C. . (2022). ANÁLISE RETROSPECTIVA SOBRE O USO DE ÁCIDO ACETILSALICÍLICO NA PREVENÇÃO DE PRÉECLÂMPSIA EM UM MUNICÍPIO DE GOIÁS (2019-2020) . EVISTA SAÚDE ULTIDISCIPLINAR, 12(2). https://doi.org/10.53740/rsm.v12i2.399

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